DISTRAÇÃO DIGITAL NO TRÂNSITO:
Impactos Neurocognitivos e Propostas de Políticas Públicas em Revisão Bibliográfica Interdisciplinar
Palavras-chave:
Distração digital, Psicologia do trânsito, segurança viária, neuropsicologia, políticas públicasResumo
Mediante revisão bibliográfica interdisciplinar, este estudo demonstra que a distração digital (smartphones, redes sociais, navegação) compromete funções cognitivas essenciais à condução: sobrecarga da memória de trabalho, aumento de 20-30% no tempo de reação e prejuízos ao controle inibitório, com efeitos neurocognitivos análogos à alcoolemia de 0,08g/dL. Fundamentado na Teoria da Carga Cognitiva (Sweller, 1988) e no modelo de Michon (1985), evidencia-se a interferência tecnológica nos níveis estratégico, tático e operacional da direção. Identificam-se lacunas críticas: escassez de estudos longitudinais e subnotificação de dados regionais no Brasil. Propõem-se estratégias baseadas em evidências: (a) tecnologias adaptativas (bloqueio seletivo de funcionalidades), (b) avaliações neuropsicológicas em exames de habilitação, e (c) políticas públicas integradas. Conclui-se que a segurança viária na era digital exige abordagens interdisciplinares para harmonizar avanços técnicos e regulamentações proporcionais.